sexta-feira, 2 de julho de 2010

Suicídio, a despedida da vida

Decepção
Como ainda posso sentir isso?
Sei da maldade e do egoísmo humano
Tenho consciência disso
Dai me pergunto
Para que seguir?
Continuar a viver?
Em um mundo onde cada um só pensa em si próprio
Para onde se olha a tragédia e a crueldade reina soberana
Decidi beber...
Tentando anestesiar a dor
Uma garrafa de um bom vinho
Uma taça
E uma navalha me acompanham nessa gélida noite
Trancada em meu quarto
Permaneço em silêncio
A solidão que trago em minha alma
Que outrora jazia em meu ser
Esta a retornar
Amiga fiel e inseparável
Espreitava o momento exato para sair da latência em que estava
E agora encontrou o momento
Volta a pairar sobre meus dias
A um tempo vi o azul do céu
E hoje ele esta cinza
Talvez tenha desacostumado a vê-lo nessa sutil cor
Pois me pareceu mais acinzentado do que costumava ser
Uma dor aguda e fria passou com precisão em minha pele
Não sei ao certo o que fiz
Olho a meu redor
E estou envolta a poças vermelhas
Tendo minhas mãos depositadas sobre elas
A taça que estava cheia daquele delicioso néctar rubro
Esta tombada a meu lado
Gotas vermelhas em minha roupa
Um liquido escorre pelos meus braços
O engraçado é que o vinho estava gelado
Mas o liquido que sinto é quente
Talvez tenha bebido demasiadamente
E perdendo os sentidos
A bebida esteja fazendo efeito
Sinto paz...
A tranquilidade invade meu espírito
Aos poucos meus olhos vão se fechando
Agora acho que é o fim
Despeço-me daqueles que amo
E rogo para que me compreendam e me perdoem...

By Ka - Anjo da Noite
Mgá. 01-07-2010