terça-feira, 16 de março de 2010

+Góticos+



+Góticos+

Não basta vestir uma roupa preta e se dizer gótico.

É necessário entender o que significa gótico e neste sentido não é possível entender o gótico sem conhecimentos sobre História, Literatura, Cinema, Música e Sociologia.

Não são adeptos do consumismo ingénuo, mas pessoas com gosto apurado, que possuem senso crítico e um visual totalmente produzido.

São sociáveis, escolhem os seus amigos pelo que eles são e não por aquilo que eles possuem. Não medem as pessoas dos pés à cabeça antes de se aproximarem para fazer novas amizades.

Os góticos odeiam qualquer forma de discriminações, aceitam as diferenças individuais com naturalidade e recebem bem todos independentemente dos seus valores, crenças, situação económica ou orientação sexual.

O movimento caracteriza-se como um movimento de inclusão social e não de exclusão, conheça pessoas góticas e faça uma comparação, no entanto não se surpreenda caso seja muito bem recebido, afinal estará em contato com pessoas inteligentes e de mente aberta.

Não veneram o diabo nem cultivam o mal, bom, nem todos, isso não é regra, nem escessão, pois como em todos os meios, as pessoas são livres para crer no que bem entendem.

Não acreditam na violência, detestam os ignorantes e idiotas que vivem destruindo o património público.

Não moram nos túmulos dos cemitérios, apenas sentem-se fascinados com a beleza arquitetónica desses lugares e costumam frequenta-los para apreciar, pensar, de certa forma se afastastndo do mundo.

No dia-a-dia são como as outras pessoas, trabalham, estudam, lutam para melhorar as suas condições de vida e por uma sociedade mais justa.

Seja como for, entre nós, você será respeitado e tratado como um ser humano de verdade.

+Características Psicológicas+

A depressão, a raiva e o desânimo são as principais causas do distanciamento de nós, do mundo e da sociedade.
Esse distanciamento na maioria das vezes torna-se um ciclo vicioso e isso faz com que nós, nos mantenhamos em um profundo poço de melancolia.
Essa tristeza invade as nossas almas, tornando-nos criaturas frias e distantes, geralmente estranhas para os outros.
Quando atingimos tal profundidade, é difícil de se voltar atrás e acabamos por adotar as trevas como uma opção de vida.

É nesse preciso momento de auto-consciência, que sabemos exatamente aquilo que nos tornamos e o que somos. Essa é a fase de transição de uma pessoa "normal" para um gótico, o momento de maior solidão.
Com o passar do tempo acabamos por abrir mão de vários amigos e a solidão parece crescer cada vez mais, até acabarmos por perceber que não estamos sós e que pelo mundo a fora encontramos pessoas em situação similar a nossa. É aí que somos percebidos, quando paramos para perceber, assim surge, emergindo das sombras, uma nova sociedade.

+Solidão+

Esse sim, é o nosso sentimento mais profundo e o necessário para o cultivo da melancolia eterna.
É o responsável pelos nossos momentos de reflexão e sem eles a essência gótica não teria sentido algum.

+Arte+

Tal qual nos tempos idos, a cultura gótica sempre esteve ligada com a arte.
Não importando qual fosse, música, poesia, pintura, escultura...

Como os povos antigos, com os poetas de outros séculos, a cultura gótica permanece como um inconformismo explícito ao convencionalismo da sociedade massificada do mundo. Manifestando-se ora como um sentimento nostálgico, ora melancólico, as vezes tenebroso e sempre celebrando um lado sombrio da vida e da arte.

A música gótica, como em todas as outras formas contra culturais, articula um não conformismo explícito aos poderes estabelecidos. Opõe-se as atividades sexuais limitadas e às tradicionais religiões estabelecidas.
Sumos-sacerdotes, igrejas e congregações foram substituídos por músicos de rock, bares e fãs. A música celebra o lado negro e obscuro da vida e tem um estreito fascínio com a morte. O seu som lento e penetrante é frequentemente descrito como melancólico, tenebroso e mórbido.

As pessoas enfeitiçadas pela cultura gótica encontram no vampiro a imagem isolada mais apropriada para a contra-cultura.
Homens e mulheres vestem-se de preto, perpetuando assim a imagem vampírica. Vampiros, sangue, presas e morcegos encheram as páginas das revistas góticas, podendo haver ou não uma co-existência com o vampirismo.